domingo, novembro 27, 2005

A existência ou não do Pai Natal...


Porque o Natal está quase a chegar, e as crianças começam a fantasiar sobre o Pai Natal e os presentes que vão receber, decidi partilhar convosco esta “curiosidade”

PAI NATAL: O ESTUDO CIENTÍFICO

Como um resultado de uma gigantesca falta do que fazer, e com a ajuda de pesquisa daquele renomeado jornal científico SPY Magazine (Janeiro 1990), eu estou honrada de apresentar o estudo científico anual sobre o Pai Natal.

1) Nenhuma espécie conhecida de renas pode voar. MAS, existem 300.000 espécies de organismos vivos ainda não classificados. Apesar da maioria deles serem classificados como insectos e germes, isto não descarta COMPLETAMENTE a hipótese de existir a rena voadora, que só o Pai Natal já viu.

2) Existem 2 bilhões de crianças (pessoas abaixo de 18 anos) no mundo. MAS, desde que o Pai Natal não lide (aparentemente) com as crianças muçulmanas, Hindus, Judias e Budistas, isto reduz a carga de trabalho para 15 % do total – 370 milhões, de acordo com o Bureau de Referência Populacional (PRB). Uma média de 3,5 crianças por casa, isto é: 91 milhões de lares. Vamos presumir que há pelo menos uma criança boa em cada um.

3) O Pai Natal tem 31 horas de Natal para trabalhar, graças aos diferentes fusos e à rotação da Terra, presumindo que ele viage de leste para oeste (o que parece lógico). Isto resulta em 822,6 visitas por segundo. Isto, quer dizer que, para cada lar cristão com uma criança boa, o Pai Natal tem 1/1000 de segundo para estacionar, sair do trenó, descer a chaminé, encher as meias, distribuir os presentes restantes sobre a árvore, comer qualquer petisco que foi deixado, subir novamente a chaminé, entrar de novo no trenó e ir para a próxima casa. Presumindo, que cada uma destas 91,8 milhões de paragens está distribuída uniformemente à volta da terra (o que, é claro, nós sabemos ser falso, mas considerando para propósitos de cálculo), nós estamos a falar de aproximadamente 1,25 Km por lar, num total de 120,8 milhões de km, não contando as paragens que a maioria de nós deve fazer pelo menos uma vez em cada 31 horas, mais alimentação e etc…

4) Isto significa que o trenó do Pai Natal está a mover-se a 1.040 km por segundo, 3000 vezes a velocidade do som. Para propósito de comparação, o veículo mais rápido construído pelo homem na terra, a sonda espacial Ulysses, move-se a meros 43,8 km por segundo, uma rena convencional pode correr, no máximo 24km por hora.

5) A carga sobre o trenó é outro elemento interessante. Presumindo que cada criança não ganhe nada mais que um pacote médio de lego (1 Kg), o trenó está a carregar 321.000 toneladas, sem contar com o Pai Natal, que é invariavelmente descrito como obeso. Na terra, renas convencionais podem puxar nada mais que 150 kg. Mesmo assumindo, que “renas voadoras” ( ver ponto 1) possam puxar 10 VEZES a carga normal, nós não podemos fazer o trabalho com oito nem nove. Nós precisaríamos de 214.200 renas. Isto aumenta a carga, sem contar com o peso do trenó, para 353.430 toneladas. De novo, por comparação, isto é quatro vezes o peso do Queen Elizabeth.

6) 353.000 Toneladas a viajar a 1040 km por segundo gera uma enorme resistência do ar, isto iria aquecer as renas ao mesmo nível de uma nave espacial reentrando na atmosfera da Terra. O par guia destas renas iria absorver 14.3 QUINTILHÕES de joules de energia por segundo cada uma. Em poucos segundos as renas tornar-se-iam chamas quase que imediatamente, expondo as renas atrás delas e criando explosões sonoras ensurdecedoras. O grupo inteiro das renas seria vaporizado em 4,26 milésimos de segundo. O Pai Natal, enquanto isso, seria exposto a forças centrífugas 17500,06 vezes maior que a gravidade. Um Pai Natal de 125 quilos seria lançado para o fundo do trenó por 2.155.007 quilos de força.

Conclusão: Se alguma vez o Pai Natal entregou presentes na véspera de Natal, ele já está morto.

Eu nunca acreditei no Pai Natal, um dia conto-vos porquê.

quarta-feira, novembro 16, 2005

Amor é...

Amor é a asa veloz que DEUS deu à alma para que ela voe até ao céu...

A partir deste momento...


Juro que sempre estarei ao teu lado.
Eu daria tudo,qualquer coisa e cuidarei sempre de ti.
Através da fraqueza e fortaleza, alegria e tristeza, pelo melhor ou pior,te amarei com a força de cada batida do meu coração.
A partir deste momento a vida começou…
A partir deste momento tu serás o único,
E bem ao teu lado é onde eu pertenço
A partir deste momento em diante…
A partir deste momento eu fui abençoada.
Eu vivo somente para a tua felicidade
E pelo teu amor daria meu último suspiro.
A partir deste momento em diante…
Eu entrego a minha alma com todo o meu coração
Não consigo imaginar minha vida sem ti.
Não consigo esperar....
Meus sonhos tornaram-se realidade por tua causa.
A partir deste momento e enquanto eu viver
Eu vou te amar, eu prometo-te isso!
E não há nada que eu não daria ou faria.
A partir deste momento em diante…
Tu és a razão porque eu acredito no amor,
Tu és a resposta às minhas preces
Nós precisamos somente de nós dois.
Meus sonhos tornaram-se realidade por tua causa.
A partir deste momento e enquanto eu viver
Eu vou te amar, eu prometo isto
E não há nada que eu não daria ou faria.
A partir deste momento,
Eu vou te amar enquanto eu viver
A partir deste momento...

segunda-feira, novembro 07, 2005

Pela escuridão das cores da vida!


Vinte e sete de Outubro de dois mil e cinco, são oito da manhã e saio para o emprego. O dia está cinzento, mas o Sol tentar aparecer através de uns escassos raios que atravessam suavemente as nuvens. Ao virar a esquina, vejo que a Natureza nos privilegiou com aquela visão magnífica que é o Arco-Íris.

Para muitos, um Arco-Íris não passa de um arco colorido que surge no céu quando o tempo está de “sol e chuva”, e, que supostamente, esconde um tesouro numa das suas pontas como narra a história infantil. Cientificamente, um arco-íris é um fenómeno óptico ou meteorológico que causa (aproximadamente) um espectro contínuo da luz que aparece no céu quando o sol brilha sobre gotas de chuva. Ele é um arco multicolorido com o vermelho no seu exterior e o violeta em seu interior; a sequência completa é vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, índigo e violeta.

E para um invisual, o que será um Arco-Íris? De que cor será o seu mundo? Preto, branco, azul, amarelo,…? Será que nasceu assim ou sofreu alguma fatalidade?
Talvez nunca tenhamos parado para pensar nisso. Talvez porque estejamos demasiado ocupados com a nossa vida, de uma forma tão egoísta, que não temos espaço para estas pequenas grandes questões.
Sinceramente não sei, provavelmente até aquele momento também eu ainda não tinha parado para pensar nisso. Acontece, que cinco minutos após eu ter visto o Arco-Íris ajudei um invisual a atravessar a avenida. Nessa altura, todas essas questões começaram a surgir incessantemente na minha cabeça. O quanto eu gostaria de o questionar sobre tudo aquilo, sobre o seu mundo… Mas seria justo?! Não poderia eu de alguma forma ferir a sua susceptibilidade? O receio de o magoar tomou conta de mim, e mantive-me em silêncio enquanto o encaminhava para o outro lado.
No entanto, fiquei a pensar se ele saberia que estava um Arco-Íris no céu, se saberia o que era, se alguém já lho tinha descrito, se algum dia teria tido a oportunidade de ver um…E quem diz o Arco-Íris, diz o resto das “coisas”.

Por vezes, olhamos as “coisas” de uma forma fugaz, com uma certa indiferença até, e se calhar, estamos a perder a oportunidade de contemplar algo belo. Mas se parássemos para pensar que existem milhões de pessoas que nunca terão a oportunidade de ver, seja o que for, ou que já tiveram essa oportunidade mas que devido a uma fatalidade nunca mais a vão ter, se calhar nessa altura pararíamos a olhar mais atentamente para o que nos rodeia. Acredito, ou quero acreditar, que estas pessoas têm uma maneira muito peculiar de “ver” as coisas, e que são felizes no seu mundo tenha ele a cor que tiver.

Contemplem a vida, a Natureza, os objectos, as pessoas… contemplem e agradeçam o facto de poder ver e de ter uma vida com forma e cor.

By Becas

(Anabela Sousa)

quarta-feira, novembro 02, 2005

Sociedade de mosqueteiros


Tudo se passou à cerca de 10 anos atrás, num dos primeiros meses do ano, e previa-se um dia como tantos outros. Era de manhã e eu tinha ido comprar pão para o pequeno – almoço, só tinha aulas de tarde naquele dia.

Ao chegar a casa, avistei um homem com um saco e com um ar que na altura me causou um certo medo. Desviei o olhar, mas não resisti em olhar de novo, nesse instante todo o medo se dissipou, o homem estava estendido no chão. Corri até casa para buscar água e tentar reanimar o homem. Quando regressei já o homem estava mais acima sentado na valeta, com as beatas da mercearia todas de volta dele, aproximei-me para tentar saber então o que se passava.

O homem tremia todo e mal conseguia falar. Posto isto, abrimos o saco para tentar saber mais sobre ele. Lá dentro tinha alguma roupa, muitos medicamentos, e uma folha de papel 25 linhas azul de uma câmara municipal, onde declarava que aquele homem tinha problemas nervosos, o que explicava o facto de estar a tremer. Uma vez que a mercearia tinha snack, os proprietários deram-lhe o pequeno-almoço. Mas acham que o levaram lá pra dentro?! Pois…nada disso, deixaram-no mesmo ali na valeta e foram embora. Pediram-me só pra depois levar lá a chávena.
Fiz-lhe companhia e fui conversando com ele, até que ele me disse que andava ali a tentar arranjar boleia pra Lisboa onde tinha uma irmã.

Enquanto ele acabava de comer pedi-lhe pra esperar por mim. Fui a casa e preparei-lhe um saco com comida, trouxe algum dinheiro e também um bonequinho que dizia “I love you”. Quando voltei coloquei a merenda no saco, dei-lhe 1000$ que na altura já era qualquer coisa, e o boneco coloquei-lho na mão e disse: “Se em algum momento se sentir só, aperte este boneco e lembre-se que eu estarei a torcer pra que consiga chegar ao seu destino.”, ele agradeceu e dirigiu-se ao paragem do autocarro.

Quando fui entregar a chávena nem imaginam o que aconteceu! Lançaram-se todos pra cima de mim a dizer que não devia ter feito aquilo, que já uma vez tinham andado a pedir pra um deficiente e veio-se a descobrir que era tudo mentira. Eu fiquei estarrecida a olhar pr’aquela gente sem saber o que dizer. Como é que mediante o que esteve diante dos olhos de todos podia haver dúvidas?! É que nem mesmo um actor de Hollywood fingiria tão bem.

Aquilo fez-me lembrar o célebre lema dos Mosqueteiros: “Um por todos e todos por um”, mas neste caso na versão: paga um por todos e pagam todos por um. E esta é a triste sociedade em que vivemos.
By Becas
(Anabela Sousa)